quarta-feira, 3 de março de 2010

São Paulo: Terra da Garoa?

Há anos a cidade de São Paulo foi cantada pela composição de B. Trajano e Tonico e Tinoco como sendo a terra da garoa. Dona de uma chuva fina e inconstante, a qualquer hora do dia São Paulo ficou famosa. Imponente pelos seus prédios enormes a “Selva de Pedras” encantou todos que por ali passaram. Seus moradores afirmavam não trocar a capital paulista por qualquer outra cidade brasileira, mesmo que esta possuísse mares, praias.

São Paulo foi cenário de telenovelas, letras de músicas, inspiração para os filmes nacionais e internacionais como o “Ensaio sobre a cegueira”. A capital paulistana brilha, é imponente, corteja aos seus visitantes, ensaia a conquista dos amantes. Manoel J. Pires não sai da capital; o jornalista Ulisses dos Santos ficou por lá; Gustavo Girotto vive em São Paulo. São inúmeros os taquaritinguenses que residem nesta gloriosa cidade. Alguns de passagem, outros já como membros da dona dos “arranha-céus”.

Lembro-me de Silvio de Abreu e sua telenovela “A Próxima Vítima” levando o público ao “Mercado Público”, a família de italianos, componentes dessa mistura brasileira que é São Paulo. Que satisfação apreciar um autor que demonstra as belezas paulistanas. Diferente do consagrado Manoel Carlos, que sendo paulista procura utilizar como cenário em suas obras a cidade do Rio de Janeiro, principalmente o Leblon – onde se localiza sua residência. Walcyr Carrasco faz questão de mostrar São Paulo em suas obras, diferente de outros que demonstram a capital paulistana como aquela que só tem assaltos, produtora de assaltantes e estupradores, capital da violência.

São Paulo é eterna, mesmo que tentem manchar o seu brilho, ferir o seu orgulho, danificar a imagem de sua gente, mas que não será mais a “Terra da Garoa” depois dessas chuvas isso não será... Que componham outra canção.

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