segunda-feira, 9 de abril de 2012

Em frente à tela do computador

Percebi que muitas eram as horas sentado em frente ao computador caseiro (aquele mesmo, lá de casa). Comecei lendo aos meus e-mails, depois postei mais um artigo no blog e enviei três ou quatro crônicas aos jornais.

Pois bem, até o momento o exercício da satisfação associado ao trabalho me convencia, porém logo passei para consulta às redes sociais. Fui abduzido pelo “Facebook” e foi ali que me embriaguei durante horas, era um viciado, distante do mundo, aquém da sociedade, isolado de meus familiares e não me dei conta. Passara do lazer ao supérfluo, ao ensinamento desnecessário, ao exercício da fofoca, a produção de textos precários e cambaleantes. Era mais um viciado. E todas às noites ali estava, pronto para mais uma aventura.

Confesso que tentei postar algo interessante, mas eram poucos os que comentavam, curtiam, desinteressavam-se. Passava mais por ali por necessidade. Mas que necessidade? Aquela que aguça aos meus instintos a olhar pelo buraco da fechadura. Aquela que me leva à crítica da vida alheia, ao envolvimento diante das palavras do internauta. O que mais queria era me envolver, opinar, deixar os meus escritos, no entanto estava diante de outros tantos viciados.

Somos muitos espalhados pelo País, aqueles que se abdicam da leitura, do cinema, do passeio, da família, da escrita, simplesmente, para se deliciar nas redes sociais. São horas, dias, almoços e jantares perdidos. O diálogo real foi interrompido pelos amigos virtuais e suas idéias. Não ando mais de bicicleta, não me exercito, não leio, porque amo ficar na frente da tela de um computador. Amputei-me! E tu desejas ficar aí?



P.S.: Senhores pais, cuidem daquilo que seus filhos estão “curtindo” na internet, dos sites que freqüentam, dos amigos com quem se relacionam na rede, do tempo que gastam diante da “net”.

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