terça-feira, 12 de agosto de 2008

A incrível pobreza do ser

A humildade, transformada em bondade torna, muitas vezes, os seres humanos fracos e servis. Leva-os a humilhação e até a ineficiência de dizer a verdade ao condenado – este que fala sem pensar, carrega a mágoa de um passado aterrorizado pelo medo e amaldiçoado pela crença em seitas inventadas, criadas pelo próprio Homem, baseado em meia dúzia de palavras retiradas da Bíblia por sorteio e depois interpretada pelo senso comum, acostumado a dizer besteiras e manter uma tradição inferiorizada ao conhecimento necessário para que o cidadão possa viver tranqüilamente com a verdade.
Talvez esse corpo que vos escreve possa ter sido vítima dessa característica, amamentada por minha família que a todo tempo levou-me a pseudo-proeza de agir como um servo, educado pelo poder da palavra escrita, mas inserido na cultura popular tradicional – fundamentada numa tradição folclórica- voltado ao ato domesticado, sem ser selvagem, viril, agressivo com aqueles que necessitam. Isso não me cabe. A ignorância sempre foi um ponto combatido por mim e não será pelas mãos de simples mortais que se arrastam na presença de Deus e fundam duas outras igrejas nos vilarejos mais distantes que deverei servir a essa massa domesticada pelos dogmas. Reinventando Rousseau: “o ser humano nasce bom, os dogmas deixam-nos podres”.

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