domingo, 9 de novembro de 2008

A Volta à Monarquia

Sei que esse não seria o momento para tratarmos deste tipo de assunto, até porque às eleições municipais encerram-se e não deixaram um quadro definido de que como caminharão as eleições presidenciais em 2010. Enganam-se, ignorantes! Essas eleições municipais deixaram evidências e rumos que se clarearão ao longo desses próximos 24 meses.
Na arena da politicagem esses traços, ou seja, resultados são parâmetros para que as articulações partidárias comecem a se definirem e lançarem em um curto espaço de tempo seus homens de confiança, aqueles que provavelmente poderão comandar o nosso País. De um lado homens e mulheres honestos, afoitos pela busca da claridade na política, ansiosos pela sua limpeza; na outra parte do ringue, encontram-se a maioria, homens e mulheres com uma média de idade avançada para tais postos, mas insistem em sua vida anciã sustentados pelo argumento da experiência. Roubam em demasia, mas sabem ocultar, escondem suas reais faces e no porte de máscaras desfilam pelas cidades. E não são só os senis que ocupam os postos de lobos com pele de cordeiros, há muitos jovens infiltrados nesse lamaçal e outros de meia idade que foram afastados pelos Homens da Justiça de seus cargos pomposos e os de suas respectivas famílias. Eles querem voltar e se não nos cuidarmos, gritarmos por todos os cantos eles se candidatarão e voltarão a ocupar suas cadeiras que não são de direito, apesar do voto democrático.
Nessa cadeia hereditária (mais cadeia que hereditária) possuímos os partidos políticos, que através de seus discursos demagógicos tentam sustentar suas posições podres em um mundo ideológico, preterido num passado não muito distante. Hoje vale a lei da atração, do poder, do anseio pelo capital. Vale se meter com política apenas para ganhar muitos trocados, conquistar uma vida digna para sua família e para outros sair das dívidas adquiridas no passado. Balela dizerem que ainda estão preocupados com o nosso futuro. Que nada, pensam no salário que terão ao final do mês. São poucos os que não tentam a reeleição, mesmo para cargos menores como é o caso dos vereadores. Ninguém quer saber de perder a denominada “boquinha”. E aos poucos tudo se costura, as alianças são realizadas de acordo com os interesses. Nada de ideologia (pobre Cazuza). Tudo acaba funcionando mais ou menos como a poesia de Drummond, “Quadrilha” (“João amava Teresa, que amava Raimundo, que não amava ninguém...”), onde tudo se resume a uma mentira. Pedem os vendedores de livros de auto-ajuda para escolhermos os candidatos não mais pelos seus partidos políticos, mas pela sua vida. Mas que vida... regada com promessas e incertezas, que nem mesmo eles têm. Dai-me paciência par agüentar esse mar de hipocrisia.
O PMDB que até pouco tempo lambia e se alisava nas barbas do Presidente Luiz Inácio (PT), hoje já fala em romper a relação amorosa e partir para uma carreira solo para as próximas eleições presidenciais ancorados pela candidatura do governo das Minas Gerais Aécio Neves. Este deixaria o PSDB, que ainda o contenta, caso José Serra (PSDB), insista na sua candidatura contra os Homens (mulher) do PT. E pensar que esse partido teve a sua frente homens como Franco Montoro, Ulysses Guimarães e o saudoso Tancredo Neves (avô de Aécio), mas que foi obcecado pelo poder como o próprio Partido dos Trabalhadores, que se aliou a tudo e a todos.
Chegará o dia em que não mais teremos homens ou mulheres para governar-nos, dentro da política partidária, aí meus amigos deveremos apelar para a volta da Monarquia e escolhermos entre os Reis (Roberto Carlos ou Pelé) os nossos reais governantes.

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