sábado, 26 de junho de 2010

A Felicidade e uma Copa do Mundo

Esse período de Copa do Mundo era considerado por mim um momento importantíssimo, pois me reunia com os amigos para aquele tradicional churrasco, que por sinal têm mais bebidas do que carne assada; pegava aquela tabela ganha na escola estampando a cara de um candidato ao Legislativo e marcava todos os resultados, sabia sobre os futuros jogos, fazíamos o tradicional “bolão” lá no colégio, e todos os docentes participavam, sem exceções. A escalação da seleção “amarelo canário” tinha em mente e não necessitava de ajuda.

O tempo passou e hoje não consigo guardar o nome daqueles que são titulares da seleção do Dunga, acompanhar os outros jogos nem pensar, muito menos marcar nas tabelas ganhas os resultados dos jogos. “Bolão” vi outro dia numa das escolas que leciono, só que entre os alunos. E por falar na previsão de resultados feita pelos discentes, lembrei-me da Copa de 1994, lá nos EUA, cujo Brasil sagrou-se campeão, e nós, alunos da ETE “DANS”, fazíamos nossas apostas, discutíamos, produtivamente, com os professores sobre os prováveis campeões, era só alegria. Que falta sinto desses momentos.

Essa ausência surge em função não pelo meu casamento e pelo nascimento da minha filha, mas pelo fato do meu excesso de trabalho. Venho trabalhando muito, escrevendo pouco, encontrado com os meus tesouros (mulher e filha) apenas aos finais de semana, quando não sou requisitado. Faço tudo pela Educação, mas parece que eles, que cuidam da Educação, não tem educação. Sou negro, mas não sou escravo. Ganho pelo que faço, mas chega um ponto em que mereço um refresco, ainda mais nesses tempos em que os pais transferiram a responsabilidade paterna para a escola. É muito problema. Não só quero poder acompanhar à próxima Copa, aqui no Brasil, com o apreço de antes, como também mereço compartilhar meus momentos felizes com a Priscila e com a Bia.

Cheguei a um ponto que sei que meu maior objetivo é poder dar aulas. Eu amo, os alunos, também. Sei que faço bem. Então deixarei alguns problemas de lado para poder voltar a ser feliz. Preocupar-me mais com a leitura dos meus livros, com a minha família, e, principalmente, emburrecer-me menos. Quero vida!

Acho que em 2014 poderei acompanhar a uma Copa do Mundo como sempre acompanhei e voltar a ser feliz!

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