sábado, 31 de julho de 2010

Um condutor animal

Motorista de ônibus é tudo igual. Esta frase não se justifica no meu caso. São sim seres distintos, pelo menos nos ônibus dos quais viajo quando migro para cidade de Monte Alto a serviço do ato de lecionar.

Motoristas deveriam ser todos simpáticos, pois viajam por esse imenso País, observam as mais diversificadas paisagens, transportam as mais diferentes personalidades, escutam os mais variados papos etc. Pois é, mas não é assim. Quantos motoristas chatos existem por aí? Uma infinidade. Esse que leva-nos para a “Cidade Sonho” nada mais é que uma simpatia de pessoa, nunca foi mudado, talvez em função dos elogios que recebe. Já aquele que nos traz de volta para Taquaritinga, funciona como um carrasco. Quer trucidar a todos com seu olhar furioso. Poucas são as vezes que ele nos transporta, porém quando isso acontece, haja paciência! Chega trinta minutos antes de o ônibus partir, liga-o, não cumprimenta ninguém e vai ao guichê. Pega as encomendas e volta muito bravo. Não sei se leva bronca, porém ele fica assim o tempo todo. Antes de sair e depois. Nada parece saciar o seu humor, exceto quando aquela moça de branco pega o “buzão”, sem pagar, e vai ali na frente dando trela a sua cantada arcaica e já ultrapassada.

Da Dona Dina ele parece não gostar, pois ela uma setentona que não possui papas na língua, o que tem que falar ela não manda recados (como eu gostaria de ser assim!), vive chamando a atenção do condutor. Ele parece não se importar, pois se trata de uma velha lhe dando sermões. Segue em frente, continua a nos ignorar e matar o coração daqueles que anseiam por uma viagem tranqüila. Suas freadas bruscas e infames parecem denunciar o motorista que nos transporta, pois a sua conduta como ser humano é digna daqueles que não poderiam lidar com seres humanos.

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