sábado, 31 de julho de 2010

Questão de escolha!

Sou enjoado para comer. Não gosto de sair e comer fora, ainda mais quando os pratos exprimem um apetite que congregue o frango. Acho que nunca gostei desse animal de penas. Tenho aversão à ave e percebo que elas não gostam de mim também. E quando faz parte do cardápio, está aí uma desculpa para não me dirigir até a celebração.

Não sei o que aconteceu, mas tenho a idéia que devo ter sido atacado por um desses penosos ao longo de minha vida pueril (que ainda não terminou...) e depois sofrido dessa recusa. Portanto se for me convidar para a sua festa, seu jantar ou qualquer outro tipo de comes e bebes já sabe: não me sirva qualquer alimento que contenha o frango como seu componente.

E não é só o frango que não como, outros tipos de carnes fazem parte dessa mesopotâmica epopéia gastronômica: o peixe é um deles. Este alimento sei o porquê não comê-lo. É pelo fato dos espinhos. Explico: quando morava na cidade de Bebedouro, uma passagem rápida de meu pai pelo jornal de maior circulação naquele município, apreciei a notícia de um senhor, isto já em um jornal escrito, portanto eu já lia (que a Beatriz leia e tome gosto pela leitura!), que ao ingerir uma sardinha frita, espécie de peixe (etnia pisciana) teve sua morte decretada ao engasgar-se com a espinha dorsal do animal de águas fluviais. Foi pescado ali mesmo no Moji (assim é o correto, significando Rio). No hospital não tiveram chance de efetuarem a cirurgia e obter o êxito. O Fulano, apelidado de Zuza (que nunca reclamou do bullying) foi vítima do peixe. Daí para frente sardinha limpa e frita pelo meu tio Zinho já não tinha mais efeito sobre meu paladar. Sentia aquele cheiro irresistível, porém a imagem exalada por aquela foto remetia-me a um passado que me levava ao medo (talvez eu entendo a Bia, minha filha, quando ela diz: pai: tenho medo!). Não me convidem para comer se o prato principal tiver no menu o peixe.

A carne suína é um outro alimento que me leva ao desgaste verbal. Toda vez preciso explicar qual o motivo trouxe-me a essa aversão. O porco é um animal sujo e que pode, com suas bactérias levar-nos a certas doenças que poderíamos nos isentar caso não o comecemos. Mas isso vem desde o começo de minha vida. Não como porco (nem porca!), portanto não me convidem para um jantar em sua residência cujo prato seja pururuca, ganhará apenas um proseador e não um adepto do cardápio.

Sigo aqui, catequizando, primeiramente minha mãe, minhas avós, meus amigos e, minha esposa (aqui não existe posição hierárquica na classificação, portanto minha Priscila, não é machismo, não precisa ficar com ciúmes) e exigindo pratos que confortem o meu paladar exigente. Tudo uma questão de escolha...

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