segunda-feira, 26 de julho de 2010

As praças e minha imaginação

Paro. Penso. Atrás de mim observa a subida da Campo Sales um jovem de olhos claros, cabelos escorridos e um cigarro no canto da boca. Logo tiro minhas conclusões: comparo-o a um desses que pela rua perambulam a espera de mais um assalto. A vítima dessa vez seria eu.

Acelero os passos, o semáforo se abre, cruzo a Praça Horácio Ramalho, e logo ali seria assaltado, no logradouro que leva o nome do Príncipe dos Poetas Taquaritinguenses. Mas não, aquele rapaz de quem suspeitava era apenas um desses homens que observam à noite. Deliram com a Lua, contam as estrelas, viajam pela órbita da Terra. Lá no coreto um casal ainda brinca com seu filho em meio a iluminação que rejuvenesce aquele “point” ; o guarda observa as corridas da criança sem que nenhum marginal faça daquela família uma vítima. A praça é do povo. A paz parece que voltou a imperar graças a uma política dura e severa. Violência não se combate com violência, mas sim com inteligência. E parece que é isso que vem acontecendo por enquanto em nossas praças públicas.

Medo de assalto ou qualquer outro tipo de violência em nossos logradouros públicos parece que apenas fruto de minha imaginação.

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