sábado, 5 de março de 2011

Mais um recesso para os políticos

Mais um ano havia chegado, pois já era carnaval. Ninguém trabalhou estes dois meses e por mais alguns dias não trabalharão.

No Congresso a turma voltara nos primeiros dias de fevereiro e agora parava para curtir mais alguns dias de recesso em meio à turbulenta visita de Momo. O pessoal aqui da cidade, pertencente aos órgãos públicos, foram convocados a abandonarem os seus labores e se destinarem à folia de Momo. Os alunos e professores, também, foram afastados de suas atividades e só retornarão depois que o bloco dos foliões passar.

Parece mentira, mas essa festa condenada ao longo de tantos anos e depois avaliada como a maior de todo mundo tem a capacidade de deixar um País à preguiça. Pelo contrário, há muito suor por trás de tanta folia. Tem gente que trabalha sim, dá duro enquanto muitos apenas pulam, bebem etc. Há os catadores de latinha que aumentam os seus lucros neste período, são muitos quilos que transformados em moeda real darão uns bons trocados para serem gastos com as despesas familiares. O pessoal da limpeza pode aparecer sorrindo, dançando após as escolas de samba passarem, mas a verdade é uma só: trabalham muito.

Curtir a folia é um mérito para poucos (apesar de notarmos uma série de desocupados pelas ruas), pois os médicos, enfermeiros têm que trabalharem, os policiais, também; tem muita gente dando duro para sobreviver neste carnaval.

O mais interessante é que depois de passado todo este período de ebulição parece que tudo volta ao normal, ou seja, somos cercados por uma anormalidade, uma tranqüilidade à Macunaíma que acaba por nos desanimar. Por que não tanta fervura quando somos chamados a criticar? Os políticos mais uma vez gozam de suas férias de Momo e voltarão, com certeza, vorazes pelo trabalho, afinal de contas puderam descansar mais uma vez.

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