domingo, 11 de novembro de 2012

Palavras Infundadas




            Mesmo com a dinamicidade impingida às nossas vidas, sempre há tempo para navegar pela ociosidade catastrófica (“mente vazia oficina de Lúcifer”) e dela elaborar e distribuir os mais grotescos conceitos sobre nossos semelhantes. É como se não tivesse mais tempo pra mim, nem minha família, porém tempo para falar sobre a vida alheia. Há uma história que ilustra bem o que apresentei como tese.
            “Certa vez um príncipe que vivia com sua família (filho, esposa e cão) chegou em seu  palácio e notou que a boca de seu cachorro estava suja de sangue. Destinou-se ao quarto do filho e notou que no berço o bebê não estava e o quarto estava todo bagunçado. Sem refletir partiu em direção ao cão que se encontrava no jardim de casa. Apossou-se de sua espada e partiu o mamífero com um golpe apenas. Minutos depois escutou um choro vindo dos arbustos ao fundo do palácio e guiou-se pelos soluços, lá estava seu pupilo, um pouco sujo de sangue e ao seu lado um lobo morto por mordidas”.
            É desta forma que muitos seres humanos costumam agir, acometem-se da verdade dele e sem mais partem para a conclusão, o fecho como se diz nas aulas de Redação. Mata, assassina com palavras, dissemina a discórdia e muito contribui para a desestruturação de um lar.
            Certa vez um homem através da lei de Israel atirou uma tijolada numa mulher pelo fato dela ser adúltera, então perguntaram a ele: “Vós nunca errastes? Ele respondeu: “Dessa distância nunca”. Desta forma agimos, não nos preocupamos com o nosso quintal, mas temos tempo de nos preocuparmos com o quintal do vizinho. É preocupante ter que tocar num assunto como este ao final de 2012, sabendo que diversas vezes falei e escrevi sobre assunto e que há milênios os sábios que acompanhavam a Jesus e muitos outros que seguiam a Deus advertiram, porém parece que os Homens pouco tem feito no combate a proliferação da mentira. Como diz em provérbios: “Os sábios escondem a sabedoria; Mas a boca do tolo é uma destruição” .
Que se meçam as palavras antes de serem bradadas!

Um comentário:

Luis Carlos Borges disse...

Parabéns pela postagem, infelizmente estamos em uma sociedade como salienta Bauman "liquida" sem valores éticos e morais, uma sociedade imediata, uma sociedade do" umbigo"