Vazio. Os seres humanos se
misturam e vão se ocupando de cada espaço, são individualistas. Aglomeram-se,
rompem a barreira da velocidade, passam-se por cima, emfim... querem chegar!
Em
cada estação o número de pessoas aumenta, são homens e mulheres se destinando
aos mais variados destinos. Tem aqueles que anseiam chegar logo em seus lares,
pois trabalharam o dia todo e o desejo é descansar, ficar ao lado de seus
familiares; existem aqueles que apenas querem uma balada, gastar pouco é sobrar
alguns trocos para o porre. Neste grupo noto meninas quase despidas, abusando
de shorts, minissaias, apossando-se
de seus quase cajados, ou seja, garrafas e latas de bebidas alcoólicas que as
estimulam, fortalecem a coragem.
Na
estação mais a frente adentra aquela família numerosa, apenas com a mãe que mal
pode coordenar os inúmeros filhos. Eles pulam, gritam, rolam pelo chão do trem,
mas a mãe é limitada pelos poderes que nunca teve. Na janela um de seus meninos
grita, cospe e fala palavrões. Os
passageiros olham com um ar de repulsa, porém a senhora não se intimida e
continua a viajar cantarolando um desses funks
do momento.
Parece
que o trem vai parar as pessoas não se acotovelam mais, nem os homens se
aproveitam da situação para encostarem-se às mulheres e dali acharem que
estarão retirando uma casquinha, pobres mentes deturpadas, acostumadas a
infelicidade e procura da satisfação a qualquer custo. Através da mídia já fui
informado de estupros, brigas, mortes, namoros acalorados, mas nunca presenciei
tais cenas, mas me acostumei a analisar as pessoas que freqüentam esta viagem,
assim como eu que devo também ser analisado por alguém. A cada vagão uma
história e diversas vidas apresentadas...
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