Há quinze anos
seria impossível imaginar que duas pessoas se conhecessem via computador e
depois de alguns encontros estariam casados ou mesmo namorando, investindo num
relacionamento.
Lembro-me que
em 1994 em um curso de Processamento de
Dados ficávamos encantados com o Basic
e outros tantos programas que não me recordo mais. Nas empresas e em alguns
bancos privados adentrávamos e nos defrontávamos com aquelas máquinas,
verdadeiras obras de arte, a mais pura inteligência, o homem brincando de Deus.
Eu construo, eu destruo... Neste mesmo curso relatado acima vi um computador
com tela colorida pela primeira vez: um espetáculo. Era a mulher nua e seus
encantos...
Mas os anos se
passaram e lá se foram duas décadas. Relutei contra a inserção do computador em
minha residência e abominava o trabalho educacional inserido de conteúdos
tecnológicos. Fui engolido, tragado pelo advento dos computadores e suas
nuances. Tornei-me um adepto, passei da pequena e amável Olivetti para um micro de tela larga, pesado. Aos poucos meus
textos para os jornais eram enviados via e-mail,
um avanço. Parecia inacreditável, mas do catar milho grão a grão, digitava
rápido, com dedos ágeis, sem pudor.
Em 1992
conheci um amigo de mesmo nome e mesmo sobrenome (Sergio Santana), que tinha
conhecido sua esposa através de uma ligação telefônica e tudo parecia muito
estranho. Ele conheceu sua esposa pelo telefone e está casado até hoje. São
muitos anos... Comigo nada disso seria possível e nem com meus amigos. Passados
quase quinze anos do casamento do meu amigo, entrei no tal de Orkut e fiz alguns amigos virtuais e
depois ingressei no MSN. Conheci
minha esposa Priscila, casei-me depois de alguns meses, mudei-me para Porto
Alegre e hoje vivemos felizes depois de quase sete anos com duas filhas
maravilhosas, Beatriz e Valentina. O impossível aconteceu, fui agraciado por
minha descrença.
E depois disto
muitos outros casos se tornaram reais, mas com estes o número de traições via
internet acontecem e movimentam a indústria da separação. São os poréns advindos da modernidade exposta
pela tecnologia que não para de inovar.
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