O futebol é uma paixão nacional. É fato. Não podemos negar.E como milhões de brasileiros e outros milhões pelo mundo, tenho meu time de preferência.
Para aqueles que são nascidos em cidades interioranas, possuímos como hábito torcer por um time da capital do nosso Estado (nem sempre) e morrer de amores pela equipe de nossa cidade de origem, mesmo que esta esteja naufragando nas últimas divisões. Nasci corinthiano, mas o CAT (Clube Atlético Taquaritinga) da cidade onde nasci, faz parteda minha vida. Confesso que fui muito aos estádios quando criança, impulsionado pelos meus familiares. Hoje não me preocupo mais e esclareço. Enquanto eu, você, eles, estamos flamulando bandeiras, gritando, ganhando uma úlcera com tanto nervosismo, os empresários, jogadores e demais membros dos clubes usufruem de uma vida tranquila, regada a muito dinheiro. Escrevo sobre os grandes clubes, que estimulam pessoas a irem aos estádios, mas não se preocupam com a segurança de seus torcedores; escrevo sobre os jogadores que ganhando milhões não se preocupam mais com o amor à Pátria. Podem gritar, aborrecerem-se, pois o que interessa a essa nova safra de atletas é o dinheiro. Foi-se o tempo em que o Brasil era melhor representado. Que o amor a camisa da sua seleção ou de seu clube era o único estímulo financeiro. Ganhar bem era sinônimo de jogar bem e, acima de tudo, honrar seus torcedores.
Fico indignado ao ver torcedores chorando pelo fato do time ter sido rebaixado ou perdido uma partida. Eles (jogadores e dirigentes) não estão dando-nos 'bola', pelo contrário, sumiram com ela. O que eu ganho com tudo isso? Nada. Posso ganhar várias doenças, ser vítima de uma bala perdida e muitos outros aspectos negativos.
Enquanto os clubes considerados "grandes" gozam desses privilégios, clubes menores, como o meu CAT, disputam diversos torneios para sanarem suas contas e apresentarem seus jogadores, talentosos e esforçados, ao Mundo. Escrevo assim, movido pela indignação e insatisfação ao ver essa desproporção pelos nossos gramados. É verdade, a corrupção chegou aos nossos clubes e em nosso futebol, nutrindo o desprezo desse ex-torcedor e desestruturando nosso, antes excelente, futebol. Gol contra!
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