quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Perdi minha mãe...para a telenovela

Toda semana ligo para minha mãe. A distância nos separa. Ligo para conversar com todos: meu pai e sua vida de jornalista mais ligada à Política; meu irmão e suas poesias; minha irmã e seu diálogo monossilábico; meu outro irmão, policial, converso pelo MSN.

Espero uma semana para podermos nos falar, mesmo que o discurso seja o mesmo da semana anterior. Mas depois que começou essa tal novela "A Favorita" (parabéns, João Emanuel Carneiro pela trama) perdi o favoritismo. Pontos para Cláudia Raia e Patrícia Pillar. Durante seis dias da semana, período da novela (ligação mais barata), sou impedido de ligar. Impedido não é bem a palavra, posso telefonar, mas com a mãe será difícil falar.

Esse poder que a TV, ou seja, as telenovelas globais possuem deve ser comprovado cientificamente. Atores são atacados devido seus polêmicos personagens; casais que brigam por uma cena apresentada na novela; atrizes que procuram ajuda psicológica por encarnarem determinados personagens. Semana passada foi a Cláudia que não estava dormindo por causa de sua personagem "Donatela", esta semana foi Patrícia Pillar, que está preocupada por várias ameaças de morte recebidas. Até que ponto a ficção pode tornar-se realidade? Parabéns para o autor, mas perdi minha mãe para uma telenovela. E ela não é atriz.

Um comentário:

Anônimo disse...

Olá Sergio, muito obrigado pelo comentario lá no meu blog(CULTUAR).

Muito bom o seu blog...

Apareça sempre.

Grande Abraço