segunda-feira, 13 de outubro de 2008

O acidente da menina morta.

Resta saber se ela não faleceu. Espero que não. Com quatro anos uma criança, menina, é indefesa. Pouco ou quase nada sabe da vida. Possui impulsos e estes devem ser vigiados por seus responsáveis. Se estes são descomprometidos com a condição de pais, que ao menos sejam maduros o suficiente para entregar esta criança a quem zelará pelo seu bem-estar. Fazer o filho é fácil, duro mesmo é criá-lo, afirma o dito popular.
Dizem que o motorista foi o culpado. A criança atravessava a rua quando o veículo a atropelou. A mãe conversava com amigos, o motorista ao celular e a criança, simplesmente uma criança.
Enquanto transeuntes gritavam, a menina chamava por socorro. Os gritos ecoavam pelos quarteirões. A mãe corria para pegar os documentos. O condutor do veículo desligava o carro e o celular, pedia para seu interlocutor ligar mais tarde.
Saiu o último boletim médico: a menina passa bem, o motorista volta a conversar no celular e a mãe beija o provável amante. Felicidade? Não. Continuaram algo que haviam deixado no passado, pois o acidente os atrapalhara. Sem amor essa guria não sobreviverá. Está morta pelo resto de sua vida.

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