quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Emoções Natalinas – Post Scriptum

Parece que quando o ano chega ao seu final e as emoções emanadas por datas festivas e familiares como o natal se aproxima o nosso lado filosófico fica mais aflorado e nos destinamos a confeccionar pensamentos e textos dantes produzidos, mas hoje com um leve toque magistral (uau!).


Ao longo desses dias divididos em doze meses tantas foram às emoções que me sinto invadido pela ânsia de dividi-las com os leitores e para que não se esqueçam de fatos históricos paupérrimos ao desenvolvimento do País. Quem não se lembra no início deste ano o tomar posse de alguns prefeitos espalhados por esse Brasil. Foram quase seis mil cidades que receberam seus novos e velhos chefes do Executivo. Aqui em Taquaritinga o nosso atual prefeito foi reeleito e numa disputa em que deixou o seu adversário quase quinze mil votos atrás. Uma eleição histórica para Taquaritinga já que nunca tivemos um prefeito reeleito depois que o PSDB aprovou a reeleição. Todos que aqui se lançaram a essa maldição foram derrotados. Méritos do atual prefeito. Eduardo Paes (PMDB) depois de um longo casamento com o PSDB assumiu o amor ao PMDB e saiu-se vitorioso na disputa carioca com isso trouxe de cara ao Rio de Janeiro as Olimpíadas em 2016 e vai receber jogos da Copa do Mundo de 2014. Seu ibope subiu e uma reeleição já é prevista como certa caso Marcelo Alencar (governador) o apóie. Suspirava por Gabeira, mas infelizmente o bravo deputado do PV não conseguiu a vitória, quem sabe agora ao governo do Estado do Rio de Janeiro. Ainda nesta seara não podemos esquecer de Heloísa Helena eleita vereadora de Maceió.

Nessas veredas políticas temos os assombros diante de nossos políticos febris, insones, depressivos, pois é assim que eles se intitulam para cometerem atos ilegais diante da perplexidade de seus eleitores. Excessos no Senado de José Sarney, o roubo de Aleluia, a verborragia contagiante e ignorante de nosso presidente da República. Lula não parou por aí depois que foi chamado de “cara” por Obama (há ainda esperança quanto ao seu governo!), liderou uma comitiva para o encontro de Copenhague que acabou em nada, mas foi aplaudido diante de centenas de milhares de pessoas, assumindo um compromisso de bilhões de dólares que não possuímos e que poderia ser investido em Educação, Saúde etc., simplesmente para se consolidar como um grande orador em meio aos nanicos famintos africanos e asiáticos, além de se engrandecer perante a corte inglesa e européia e o seu fã, Obama. Além disso, sua sucessora, Dilma não se cansou de delegar funções enquanto discursava sem entender do riscado, enquanto o ministro do Meio Ambiente queria falar, mas era decapitado. Foi um ano decepcionante aos políticos nacionais, ainda mais depois do nosso Senado aprovar a entrada de Hugo Chaves e sua Venezuela no Mercosul, que o Congresso Paraguaio não cometa a mesma gafe.

Cessemos com a política, ops! , políticos, e caminhemos para fatos mais grotescos ainda. Pais matando filhos, estupros entre sangue do mesmo sangue, assaltos, seqüestros, assassinatos, drogas, magia negra, atentados, vingança, parece que o ser não é mais humano. Perdemos a noção da racionalidade. Quanta insanidade praticada por homens e mulheres que dizem nada ter a perder. Quantas famílias infelizes em função dessas doentes situações. E as enchentes e os desabrigados, os mortos pelas tempestades e a previsibilidade de um prefeito denominado Kassab e seu mentor o governador José Serra. O desmatamento, a impureza humana leva a essa revolta natural, além é claro do poder público. Quanto verde perdemos (é claro incluindo o Palmeiras), quanta Amazônia foi consumida, dói o meu pulmão só de pensar. Estamos matando o Mundo e nossos governantes gastando fortunas por um acordo sem validade na cidade de Copenhague. Terremotos, tempestades dantes nunca imaginadas, algumas cidades com risco de desaparecerem do Mapa. Nossa: quanto já fizemos para a nossa morte! O Homem não tem medo mesmo de morrer, além de não acreditar no progresso e evolução da espécie. Mas conscientizemos nossos jovens e crianças. Parece que será difícil já que a Educação que deveria vir do berço, ou seja, de casa foi terceirizada, passada aos cuidados da escola, do psicólogo, do assistente social, os pais não possuem mais tarefas paternas diante de seus pupilos, querem mesmo é trabalhar e o tempo que tem em casa almejam o descanso. Como fazer com uma geração de patriarcas que jogaram suas responsabilidades nas costas de uma escola arcaica, despreparada e com docentes que merecem o retorno aos estudos. Por falar em estudos temos uma safra de professores que não cultuam o prazer ou a obrigação de pegar um livro e se concentrar em sua leitura. Agora como faço para que os jovens e crianças que estão na escola leiam? Quanta ignorância, quanta ausência de saber... E ainda a família, dilacerada, imprópria para viver estes tempos, despreparada. Quanta falta de amor. Quanta Pedagogia do Consumo. Quanta tecnologia desnecessária. Quanta ausência de incentivo. Reinventem a roda, por favor! Reestruturem a escola! Tornem os estudos necessários, incentivem nossas crianças e jovens a buscarem o saber! Chega de dar o peixe, agora é a hora de ensiná-los a pescar.

Parece que não tivemos momentos felizes, pois os parágrafos que antecederam foram cercados apenas por catástrofes. Fomos sim invadidos com um mar de felicidade. Jogadores brasileiros retornaram ao nosso futebol depois de passarem anos pela Europa, mas continuamos perdendo craques juvenis para o exterior. Olimpíadas, Copa do Mundo, mas será que isso tudo era necessário? Acredito que não! Quantos ainda passam fome, moram em condições inadequadas ao progresso do ser humano. Faltam escolas, faltam médicos especializados, faltam pessoas capazes de melhorarem esse País. De fato não faltaram emoções, mas não vi progresso algum. Continuamos retrocedendo, e os números que são mostrados por aí são apenas lembretes políticos (vote em mim!). Não nos esqueçamos que em 2010 temos eleições gerais e uma Copa do Mundo e nesse momento todos andam como se estivessem pisando em ovos. Erros não haverá, ou seja, serão jogados para baixo do tapete como vem acontecendo. Daí a importância de se calar a imprensa. Um bom ano à volta à Ditadura!

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