sábado, 16 de janeiro de 2010

Dona Zilda e o povo haitiano

Como posso não tentar dizer nada em meio à tragédia ocorrida no Haiti. Um país de nove milhões de habitantes com uma população de descendentes de escravos que se instalaram naquela região há 200 anos. Um país onde a pobreza impera, as leis não eram cumpridas, um país que tentava se levantar dos escombros do desnível social, econômico.


O terremoto que dizimou a população dos nossos irmãos haitianos já enterrou cinqüenta mil mortos e há muita gente por baixo dos prédios que ruíram. Corpos são amontoados com risco de uma epidemia.

Brasileiros que ali estavam a serviço do bem acabaram tendo suas vidas ceifadas, como Dona Zilda Arns, uma embaixadora do bem, uma mulher que com cinqüenta centavos de real por criança conseguia torná-los fortes, mães capazes de recuperar seus pupilos e depois partirem para a guerra contra a desnutrição, em prol do aleitamento materno e no preparo da “multimistura”. Dona Zilda como era chamada (era médica pediatra) deixou uma legião de seguidores e sua obra pode ser notada em países pobres espalhados pelo mundo.

Hoje Dona Zilda Arns é velada, deixou de gozar as tradicionais férias que fazia ao lado de sua família para concluir essa missão no Haiti. Nossa Presidente da Pastoral da Criança se foi para o lado de Deus, cuja devoção era muito grande, numa missão de paz. Que lá de cima continue a olhar pelos menos favorecidos e hoje quem necessita desse “olhar” são nossos irmãos da América Central, o povo haitiano.

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