domingo, 17 de janeiro de 2010

Um homem bom: onde estarás?

“O homem nasce bom, mas a sociedade o corrompe”. (Russeau)




Acordei por volta das 07 horas, era domingo e o dia estava nublado. Aproveitei e tomei um pouco de Coca-Cola para despertar. Não consigo ficar na cama por mais tempo, acho que já me acostumei à rotina de trabalho. Liguei a TV e fui logo procurando por um filme. Optei pelo título “Um Homem Bom” e não me arrependi. A história se passa na Alemanha num período que antecede a explosão da Segunda Grande Guerra, navegando até o ano de 1942. Conta à vida de um professor universitário de Literatura que deixa seus princípios ideológicos em prol do enriquecimento de sua família através da ascensão hierárquica servindo ao regime do Fürer. Uma narração que nos emociona do começo ao seu final. Envolvente.

Terminado o filme minha esposa me chama para que suba ao quarto. Lá estão as duas: Princesa e Rainha acordando-se. Vou a padaria para que o café pudesse ser preparado. Caminho algumas quadras e encontro com minha prima e uma amiga da família, conversamos durante alguns minutos. Perguntas e respostas do cotidiano. Continuo a caminhar e mais uma prima é avistada. Cumprimentos apenas, pouca intimidade possuímos. Escolho os produtos que levarei e destino-me ao caixa, lá serei avisado da “facada”. Está tudo muito caro! Eis que se aproxima a Dona Helena, que me conhece desde bebê e afirma: “como tem chovido nesses últimos dias?”. Concordo. E volta a salientar: “quanta tragédia...” Pois é, diante de tantas agressões contra o meio ambiente, a natureza tem que tomar suas providências. E são os acidentes naturais a maneira escolhida pelo nosso meio ambiente para clamar por socorro.

Somos os únicos prejudicados. De que adiantou a COP15? Quem foram os beneficiados? Dinheiro gasto desnecessariamente. Um exercício apenas de oratória para os emergentes como o Brasil. Outro dia escutei de um antigo morador aqui da cidade, por volta dos seus 112 anos, que o mundo estava dando sinais do seu grande final. Ele ainda continuava exclamando que só por causa da falta de inteligência do ser humano, que na sua racionalização nada sabe, tudo desconhece. Eu que nunca acatei essas profecias, nem mesmo as bradadas por Nostradamus, acabei por me espantar e a pensar nessa onda de irregularidades apresentadas pela natureza. Onde estará o homem bom que o longa metragem torna verdadeiro com o seu título? Parece difícil... Fico com sua cabeça negando as atrocidades cometidas contra os prisioneiros em um campo de concentração.

Nenhum comentário: