sábado, 16 de janeiro de 2010

Minha leitora ou será escritora?

O tema família sempre vem ao solo quando faço uma pausa à reflexão. Depois de experimentar algumas leituras passo a viajar pelos caminhos descobertos pela imaginação. É aí que me afloram as idéias e parto a escrever. Divido com aqueles que apreciam meus escritos.


Numa dessas leituras passei pelo blog do Charles Kiefer, um escritor gaúcho, professor de muitos autores renomados como: Daniel Galera, Cláudia Tages, Martha Medeiros, esses escritores citados passaram pelo lapidar do Kiefer, por alguns anos em sua oficina. E lá, em seu diário eletrônico o autor faz-se um auto-elogio não deixando assim de defender o seu “pão de cada dia”. Anuncia seu livro para crianças, não eximindo os pais da responsabilidade pela formação dos leitores do futuro. Que “responsa”, senhores pais! Também embarco nessa. Sou pai e confesso à vocês que leio todos os dias com minha filha, exceto quando ela cria a sua própria história. Nesse momento passo de contador de história a um apreciador voraz das fábulas contadas por minha “pequena”.Você se recorda quando leu para seu pupilo? Ah, não se lembra... Se não vem à sua memória é sinal de que nunca se aventurou em tal viagem. Conseqüentemente o seu menino ou menina não gosta de ler. Tem dificuldades com os estudos. Isso mesmo, os nossos leitores nascem no lar, crescem com a leitura do mundo, mas é em casa que tudo começa. A semente deve ser plantada ali.

Minha mãe era avessa à leitura, mas meu pai... saboreava os livros como a feijoada que ele mais gostava. Aprendi ali, no lar, a tomar gosto pelos livros. Meus irmãos seguiram o mesmo caminho, alguns um pouco menos, mas sempre devotos do prazer que a leitura nos proporciona. E fico aqui a pensar: os pais estão aí para isso mesmo, tornar o mundo e a arte explicáveis. É por isso que desde de já, desde os três meses de minha filha, colocamos canções de ninar do seu lado para tocar e MPB, levando-a a dormir e acordar calma, tranqüila. Os livros, ela nunca os rasgou, pelo contrário, possui muito carinho por eles. Leio suas histórias e ela, quase sempre, conta-me sua versão. Beatriz, minha filha, só tem um ano oito meses.

Nenhum comentário: