quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Hoje: um novo dia!

Quando o ano chegava ao seu final, lembro-me das vinhetas globais reunindo seu grande elenco. Quantas estrelas... Emocionava-me ao ver e sentir a emoção daqueles que lá estavam e até hoje permanecem nas telinhas. Fiquei emocionado com essas recepções ao ano que se inicia pela TV, depois, somente em Porto Alegre quando me casei. Fui residir na capital gaúcha e lá vi uma TV local independente, pertencendo a Rede Globo, mas com uma dose cavalar de bairrismo. Apaixonei-me por isso. Não era racismo para com os outros estados, nem com as outras regionais filiadas a maior rede de TV da América Latina, pelo contrário, era uma rede mostrando o seu potencial, as belezas e tristezas de sua terra, as vitórias e derrotas de seu povo; enfim, ao final do ano de 2007 estava radiando de felicidade: minha filha Bia nasceria em meados de 2008, mais precisamente no mês de maio, minha esposa Priscila era só felicidade, esbanjava amor, eu também, correspondia ao amor que ela sempre me doou. Confesso: eu a amo. Falo isso com a boca cheia, como afirmam os antigos aqui no interior de São Paulo.


Vi uma turma da RBS toda de branco desfilando a todos os intervalos comerciais, em um campo florido, típico dos pampas. A música, o figurino, as flores, as taças de champanha, a beleza daquele povo, que não é diferente dos demais brasileiros, como muitos os pintam. Que bonito! “Hoje é um novo dia, de um ano que já começou... Hoje a festa é sua, a festa é nossa, é de quem quiser... Quem vier!”. E é, pelo menos para mim que ao final de dois mil e nove andava chateado, cabisbaixo, sem a presença de minhas duas mulheres: Beatriz e Priscila.

No dia onze do mês de dezembro passado elas partiram para o Sul do País: primeiro Porto Alegre, depois Tubarão e mais tarde foram a Lajes visitar um irmão da Pri. Felicidade para minha esposa que visitava os amigos, parentes, gente querida que não via há anos. Para a Bia era uma novidade, conhecia a casa dos avós maternos, os primos, tios, amigos de infância da sua mãe e revisitava a Porto Alegre onde nasceu e viveu até os seus seis meses. Mas eu que aqui fiquei senti a angústia e solidão de ficar sozinho. Dormir numa cama para dois (ou serão três, Beatriz?), rolando de um lado a outro e não encontrar a pessoa que ama. Sentia o perfume da minha filha a todo instante. Olhei muito as suas fotos, relembrei o quanto sou feliz ao lado dessas duas maravilhosas gurias... Quase um mês vivendo entre a casa de meus pais e a nossa (agora minha por estar na solidão), comendo, dormindo e lendo. Escrevi mais do que ao longo dos dias estafantes de trabalho, mas a minha inspiração era triste, regada a um certo desespero: quando elas voltarão?

Os dias passaram, quase um mês sem ver minhas queridas e hoje é o grande dia... Chegarão às 15h40 (marquem bem este horário) e nos encontraremos no aeroporto Leite Lopes, aqui na vizinha e quente cidade de Ribeirão Preto. Não vejo a hora. Conto os minutos e o meu Ano Novo começa agora com a chegada da Pri e da Bia. Coloquei o espumante para gelar na noite de terça-feira para brindarmos 2010 que começará depois da chegada da Princesa e da Rainha.

Um comentário:

Deliene Alvarenga disse...

Sergio,
que texto lindo! Fiquei muito emocionada, como se pudesse sentir contigo toda essa emoção.
Aliás, isso acontece sempre quando leio os 'Versos..'.
Parabéns pela família linda que tens!
Saiba que tenho muito carinho por vocês e que espero, um dia, poder conhecê-los pessoalmente.

Grande abraço,
Deliene, Pedro e Adriano