sábado, 22 de maio de 2010

Comentaristas e seus plantões

Estamos próximos de mais um início de Copa do Mundo. Este é o momento em que milhões de brasileiros param para assistirem aos jogos da seleção brasileira escalada pelo técnico Dunga, que fique bem claro. Entra em campo os milhões de técnicos espalhados pelos rincões do Brasil. Muitos nunca jogaram futebol, nem mesmo as peladas de finais de semana. Outros já dominados por uma cachacinha do bar da esquina atingem ao sucesso etílico de ser um campeão. Mas há os que não atingiram o ápice de ser um selecionado, porém dão conta do recado e até ocupam uma posição numa rede televisiva de destaque e arriscam-se em comentários, muitas vezes maldosos, contra nossa seleção.

Já dizia o glorioso e inesquecível Nélson Rodrigues que “toda unanimidade é burra”, mas há que acreditar, ter esperança mesmo que às vezes a racionalidade fale mais alto. Sou um brasileiro como tantos outros, que a cada quatro anos saio por aí comentando, mas nunca deixando de acreditar em nossa Seleção. Não concordo quando o técnico Dunga leva um tal de Josué e deixa de lado um Ganso; leva um Grafite e deixa de lado um Neymar. Dunga merece todo o nosso apoio. O meu ele já tem mesmo remando contra os meus selecionados. Sou um brasileiro, tenho as minhas convicções, escalo a minha seleção, porém não sou um especialista no assunto. E têm muitos que se dizem especialistas e massacram a língua portuguesa utilizando-se de “palavrões”, como um tal de Neto. Este estraga a transmissão de nosso maior narrador, Luciano do Vale, que merecia coisa muito melhor ao seu lado. Luciano do Vale é muito mais que um narrador, é um comentarista, é um juiz futebolístico.

Hoje me candidato a um posto de comentarista de futebol, especificamente dos jogos da Copa do Mundo da África do Sul, então por diversas vezes os meus leitores acompanharam minhas opiniões mais esperançosas e um membro da população acreditando que o nosso País levará o “caneco”. Mas a crônica é isso: uma análise do nosso cotidiano regada a lirismo, humor, coloquialismo, informalidade. É isso que torna os nossos textos atraentes: uma conversa com o leitor.

Nenhum comentário: