quarta-feira, 21 de julho de 2010

Cristina Kirchner e a Literatura Brasileira

Em meio às críticas que rolam no mundo globalizado alimentando os confrontos entre brasileiros e argentinos faz parte da política da boa vizinhança não deixar que a chama se acenda e se propague é nesse momento que a Literatura faz-se presente. Pelé e Maradona são os protagonistas desse duelo, porém o Brasil de chuteiras não é o mesmo que aquele que é governado por um ex-metalúrgico e aclamado pelo seu povo.

Em uma conversa entre o chanceler Celso Amorim e a presidenta da Argentina Cristina Kirchner, a mulher da terra de Borges foi logo exclamando que o autor que permeou sua infância foi Monteiro Lobato, brasileiro, pré-modernista e autor de uma das mais importantes obras da literatura infantil, o Sítio do Picapau Amarelo. A presidenta prefacia a obra Sítio do Picapau Amarelo, já que o projeto do morador mais ilustre de Taubaté era a integração literária latino-americana.

A presidenta prefacia: “Mais que lê-los, literalmente devorei esses textos que iam de fantasias mais tresloucadas ao ensino de história, geografia, geologia e todo tipo de conhecimento. Emília, a boneca de pano, teimosa e caprichosa, intrigante e resmungona, mas adorável como poucas, convivia com o Visconde, um sabugo de milho sempre sábio, sério e irresponsável. Narizinho e Pedrinho, duas crianças fantasiosas, aventureiras inquietas e sempre desejosas de saber mais, poderiam ter sido qualquer um de nós. Dona Benta, a avó, era uma avozíssima, de óculos e cabelos brancos que, com a ajuda da negra Anastácia – a tia inefável criadora de Emília, a boneca – faziam do sítio do Picapau Amarelo, um lugar em que todos haveríamos de querer viver”.

Quem sabe agora nossos irmãos argentinos se rendam a nossa literatura e, também, num futuro mais distante ao nosso futebol.

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