sexta-feira, 9 de julho de 2010

Crônica de uma morte anunciada

Já sabíamos o desfecho dessa Copa do Mundo para a Seleção Brasileira de Futebol, desde o momento em que o técnico Dunga assumiu esta empreitada.

Estávamos magoados com o Parreira quando ele, juntamente com suas estrelas, perderam aquela Copa para a França (novamente), quando o Roberto Carlos (que não é Rei) foi arrumar a sua meia, enquanto a seleção francesa atacava. Ricardo Teixeira, o Hugo Chávez da CBF, tratou logo de jogar um balde de água fria naquele sarcástico episódio e foi anunciando o Dunga, trágico papel desempenhado nas copas de 90 e 98, sendo que nunca tinha sido técnico, para comandar a renovação em nosso selecionado. Excluiu várias figuras carimbadas. Começou logo pelos Ronaldos, tratou de tirar o Kaká (que bom se tivesse ficado distante até hoje de nossa seleção) e apostou numa Seleção Brasileira distinta das anteriores, sem destaques, algo que pudesse tratar do conjunto: Elano, Maicon, Felipe Melo (que veio depois), Daniel Alves figuraram sempre entre os selecionáveis, mas confesso que não me agradavam e muito menos aos 190 mil técnicos espalhados por este imenso País.

Jogou alguns amistosos e logo no primeiro empatou com os noruegueses. Algumas derrotas, outros empates, mais vitórias e o Brasil faturou a Copa América e a Copa das Confederações. Ganhamos tudo, como em anos anteriores e depois decepcionamos como no passado. Parece que o técnico gaúcho, que não perde o bairrismo, nos enganou. Fez de tudo para entrar em atrito com a torcida brasileira e, principalmente, a imprensa. Apenas os gaúchos falam bem do trabalho do anão, ops, do Dunga. Não deu certo como jogador, ficou muito mais conhecido por suas derrotas do que por suas vitórias. Na Copa de 1994 deu tudo certo, mesmo jogando feio. Ganhou o conjunto e não o Dunga capitão, que antes dele era o Raí. Em 1998 faltou liderança a ele no caso do Ronaldo-Fenômeno, era o homem quem tinha que dizer ao Zagalo que Ronaldo, mesmo sendo uma exibição na época, teria que dar lugar a Edmundo, também preparado. Não falou. Mas discutiu com Bebeto. Agora entra o técnico, que saca Ronaldinho Gaúcho, que estava muito mais preparado que Kaká e acaba perdendo um jogo ganho para um time tecnicamente inferior. Felipe Melo era a anunciação de nossa arma letal, contra nós. Sem equilíbrio emocional, o jogador não seguiu aos passos de seu treinador e não se aconselhou com o psicólogo Augusto Cury. Um garoto jovem com este temperamento violento lembra-me a outro caso estampado pela mídia, a violência enraizada no perfil de um jogador chamado Bruno. Dunga sabia que se não sacasse Felipe Melo nossa morte estaria anunciada. Foi o que deu: perdemos mais uma Copa, que por sinal teve como estrelas jabulanis e vuvuzelas.

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