sábado, 28 de agosto de 2010

A dureza da vida

Pensei que isso só acontecesse com as mulheres: tem dias que nós não estamos bem. Parece preconceito de um machista, mas estou longe dessa imposição ignorante.

Não dormi bem, fui para cama eram quase duas horas da madrugada. Minha mulher não passou bem durante à noite, eram cinco horas da “matina” e estava eu lá de pé. Acordado. Com a TV ligada, esperando o Sol nascer e me dirigir à padaria. Comprei os pães, peguei os dois jornais citadinos e voltei para casa. Não me esqueci de agradecer as meninas solicitas que sempre me atendem, assim como os demais clientes, com o sorriso nos lábios e aquela face feliz, mesmo acordando às quatro da manhã todos os dias.

O resto do dia será indesejável. Demorará a acabar. Passarei por pensamentos vários, refletirei... Mas vamos lá, dizem que temos que passar por dificuldades para só assim aprendermos. Tentamos. É a vida! Essa beleza que nos contempla com a luz solar; com o brilho da Lua que ilumina as noites escuras; com o ar puro, afetado pelas queimadas, que por essa região não quer cessar. Pensar que as flores brotariam do nada, é surrealismo. Se não regá-las não brotarão e se vivas já estiverem e não forem regadas, falecerão.

Por isso é que as pedras quando nos atingem são sentenças duras como aquelas que se impõem lá no Irã. Dizendo que nada foi feito não nos livraremos dessa pena que para eles é nobre, porém se a dureza de aceitar que erramos nos levará mais rápido à morte, então passemos a aceitar que nada é por acaso.

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