quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Sábado de Sol, Memória e a cidade de Taquaritinga

Sábado dia de descanso, mas para aqueles que ensaiavam o término dos festejos em comemoração aos cento e dezoito anos de nossa Cidade (Taquaritinga) era mais um dia de batalha, de lida como diriam os peões recém chegados na Capital paulista, vindos do Ceará. Estava lá toda a equipe da Secretaria de Cultura do Município, amparados pelo polivalente Marcos Bonilla, que acompanhado do microfone municipal saiu-se muito bem como o MC ou para os mais arcaicos, Mestre de Cerimônias. Regeu todos os eventos culturais que o Município nos ofereceu, teve fôlego para todos, isso mesmo – todos. Uma pena que poucos foram os taquaritinguenses que prestigiaram uma celebração do nível da que aconteceu no Museu – José Martins Sanches Filho – a exposição de fotos que contemplam o nosso passado, não muito distante, mas dotado de uma riqueza, que só aqueles de alma límpida e receptiva podem captar.

Eram muitas fotos, descrições várias e nosso passado ali, ao alcance do taquaritinguense que se dispusesse a acompanhar naquela manhã linda, de céu claro e poucas nuvens os painéis dispostos nas salas daquele museu. Milve Peria não pode faltar, afinal de contas é um dos nossos historiadores, mas foi com meu mestre Arnaldo Rui Pastore que o conhecimento desse Sant’Anna aqui se enriqueceu. O Professor Arnaldo mais uma vez deu aulas de História com H, demonstrando sua memória, seu prazer por transmitir aquilo que sabe. Há muita informação a ser passada para as futuras gerações e só aqueles que ensinam precisam captar e transformar todo esse conhecimento em matéria para essa juventude. Pastore não deve ser apenas lembrado por sua memória deslumbrante, mas por sua capacidade de intertextualizar as várias informações adquiridas ao longo de décadas dedicadas à leitura. Do bem-te-vi que anunciava as boas-novas do quadro denunciando nossa primeira missa ao poeta Narciso Nuevo; até o quadro da Santa Emília de Lion pintado pela artista plástica Emília Fucci pude conferir e ser agraciado com a explicação do professor Arnaldo.

Fico triste em ver que são poucos os taquaritinguenses que dão valor a esse tipo de cultura, que muitas vezes é relacionada com partidarismo político ou efeito de pouca relevância para um povo que parece se acostumou ao “pão e o circo”. Mas há que se estimular às novas gerações a deixar de lado esse ranço que permeou nossa história durante décadas. Parabéns, Taquaritinga!

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