terça-feira, 14 de dezembro de 2010

O Nosso Natal

Quando minha esposa mostrou-me o nosso primeiro cartão de Natal deste ano de 2010 lembrei-me de quando era pequeno. Tinha lá os meus dez anos e minha avó Carmem incentivou-me a escrever alguns cartões para os meus amigos e para os vizinhos mais próximos. Como já morava naquela quadra a mais de cinqüenta anos era amiga de todos, era saudada constantemente pelos mais novos e agraciada pelos mais velhos.

Habituei-me a escrever cartões, exercitei o meu poder de escrita e lá fui escrever vários, inúmeros cartões. Tomei gosto pela atitude e fui agraciado com vários outros cartões, lembro-me que até um dos EUA enviaram-me. Ficava feliz e a espera de mais um cartão para aumentar a minha coleção. Deixava todos debaixo daquela árvore de Natal bem enfeitada, mas simples. Os presentes chegavam e se encaixavam ali até o dia de Natal. Que coisa bonita! Que beleza! Quantas alegrias...

Lembro-me do meu primeiro relógio que ganhei do meu Tio Ge, além de tantos outros presentes que me dera. Exibia-o para todos. Livros, roupas, calçados, brinquedos, foram tantos presentes que hoje parando para pensar fui um vitorioso. Meus familiares nunca se esqueceram de mim, e nessas datas os sentimentos mais singelos se reavivavam e lá íamos nós para a ceia, que contemplava toda família.

O Natal um sentimento de alegria, a magia parece que paira pelo ar, os acontecimentos mais felizes parecem desabrocharem nessa data, significativa, cheia de alegria, uma eterna felicidade. Tempo de união, tempo de oração, tempo de voltar ao passado e identificar os erros cometidos para não mais cometê-los. Quantos Natais passamos assim e continuaremos passando, eu não mais como uma criança, mas conservando a eterna magia emanada pela alegria que esta data nos contempla; minha filha, agora, a criança da família esbanjando vitalidade à espera do Papai Noel e minha esposa, que sempre teve no Natal uma data dotada de emoções, sensações verdadeiras. Um Natal só nosso.

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