Sempre ensinei aos meus discentes, nas aulas de Redação, que não deveríamos começar um texto pelo título, pois a escolha do nome para aquilo que você escreveu pautaria, limitaria o restante das frases e orações confeccionadas. É como o cavalo atrelado à carroça que com as vendas tapando os seus lados visa apenas sua frente. Os detalhes passam despercebidos, a riqueza é empobrecida por um único gesto. Mas há a exceção, substantivo constante nos ensinamentos voltados à Língua Portuguesa.

Confesso que “A incapacidade criativa” foi meu preferido, mas falou mais alto o que suspirou nos meus ouvidos: “A incapacidade da criação”. Criação como o substantivo perfeito, original, bíblico, histórico e a incapacidade de como há falta de elementos para a concretização do texto. Esta que nos apavora quando os detalhes nos faltam.
Iniciei o texto pelo título, contrariei minhas teorias em busca de um pensamento que parece não ter ficado tão bom assim. Voltarei a adotar os meus métodos e não mais ouvir as vozes subjetivas que nos rondam. Isso talvez seja influencia da oficina de poesia do Fabrício Carpinejar, que a professora Gorete gosta tanto.
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