domingo, 2 de fevereiro de 2014

Transporte Público: dos bondes aos ônibus muita coisa mudou

A decisão do TCE deve sair apenas no dia 12 de fevereiro de 2014, porém muita coisa encontra-se num imbróglio em se tratando do transporte público portoalegrense.
            A greve que se já dura uma semana e afeta um milhão de gaúchos na Capital do Rio Grande do Sul trata de reivindicações de rodoviários insatisfeitos com suas condições de trabalho e também com o seu salário. Sabedores desta situação nossos empresários, responsáveis pelas companhias do transporte nada realizam e dizem estarem de mãos atadas. Porém, a justificativa é imperfeita e parca diante de tantas irregularidades, que possivelmente se mostrarão com o relato e provas apresentadas pelo TCE. Os empresários têm sim o dever de proporcionar a sua população um transporte público de qualidade, sem filas, pessoas acomodadas, motoristas e cobradores satisfeitos e ônibus a cada quinze minutos como se menciona no sítio das nossas empresas. Mas isso não ocorre, como há 60 anos não ocorrem licitações para o transporte público em Porto Alegre e com isso soma-se a ineficiência destes empresários que não se mexem para que os ônibus circulem de modo adequado à população. Garantias referidas aos empresários através da última licitação compreende que os mesmos forneçam os veículos custe o que custar e a Justiça determinou que se efetivem a contratação de outros motoristas e cobradores nesta situação emergencial.
            A Prefeitura, através de seu comandante, o prefeito Fortunati (PDT), que se elegeu com maioria absoluta nas últimas eleições, abstêm-se de suas funções e declara que esta é uma greve combinada. Concluímos que sim. Porém, cabe ao prefeito não deixar que tal situação chegue a este extremo. A greve é o último estágio, pois há muitos outros métodos para se alcançar uma solução para ambos os lados. O diálogo, a mais vital e perfeita solução está distante da base governista do atual prefeito que prefere esperar a posição do TCE para tomar as suas providências. Preocupa-se em ligar semanalmente para Zurique na Sede da FIFA e ficar de trololó com alguns subordinados de Joseph Blate, enquanto isso a cidade caminha ao caos. Quando Leonel Brizola foi prefeito da Capital Gaúcha, em uma greve em que a cidade era transportada por bondes, os estudantes se rebelaram contra o aumento das passagens, durante cinco horas prefeito e presidente da Carris estiveram dialogando com os estudantes e chegando a uma solução. Tal prova denota a eficiência e a disposição do Poder Público em dialogar em prol da população e do bem estar destes servidores, que realizam tal ato em nome da sua dignidade e sustento das suas famílias.

            Os únicos culpados nesta greve que promete permanecer até o próximo dia doze são os empresários, ineficientes e não cumpridores de suas obrigações legais e o Executivo, que diante de seu poder perante às urnas e a população prefere partir para a violência ao convocar a Brigada e Militar e a Força Nacional para obrigar os ônibus a saírem de suas garagens. Mais uma vez Fortunati perde a oportunidade de dialogar com o seu povo.

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