A decisão do TCE deve
sair apenas no dia 12 de fevereiro de 2014, porém muita coisa encontra-se num imbróglio
em se tratando do transporte público portoalegrense.
A greve que se já dura uma semana e afeta um milhão de
gaúchos na Capital do Rio Grande do Sul trata de reivindicações de rodoviários
insatisfeitos com suas condições de trabalho e também com o seu salário.
Sabedores desta situação nossos empresários, responsáveis pelas companhias do
transporte nada realizam e dizem estarem de mãos atadas. Porém, a justificativa
é imperfeita e parca diante de tantas irregularidades, que possivelmente se
mostrarão com o relato e provas apresentadas pelo TCE. Os empresários têm sim o
dever de proporcionar a sua população um transporte público de qualidade, sem
filas, pessoas acomodadas, motoristas e cobradores satisfeitos e ônibus a cada
quinze minutos como se menciona no sítio das nossas empresas. Mas isso não
ocorre, como há 60 anos não ocorrem licitações para o transporte público em
Porto Alegre e com isso soma-se a ineficiência destes empresários que não se
mexem para que os ônibus circulem de modo adequado à população. Garantias
referidas aos empresários através da última licitação compreende que os mesmos
forneçam os veículos custe o que custar e a Justiça determinou que se efetivem
a contratação de outros motoristas e cobradores nesta situação emergencial.
A Prefeitura, através de seu comandante, o prefeito
Fortunati (PDT), que se elegeu com maioria absoluta nas últimas eleições,
abstêm-se de suas funções e declara que esta é uma greve combinada. Concluímos
que sim. Porém, cabe ao prefeito não deixar que tal situação chegue a este
extremo. A greve é o último estágio, pois há muitos outros métodos para se
alcançar uma solução para ambos os lados. O diálogo, a mais vital e perfeita
solução está distante da base governista do atual prefeito que prefere esperar
a posição do TCE para tomar as suas providências. Preocupa-se em ligar
semanalmente para Zurique na Sede da FIFA
e ficar de trololó com alguns
subordinados de Joseph Blate, enquanto isso a cidade caminha ao caos. Quando
Leonel Brizola foi prefeito da Capital
Gaúcha, em uma greve em que a cidade era transportada por bondes, os
estudantes se rebelaram contra o aumento das passagens, durante cinco horas
prefeito e presidente da Carris
estiveram dialogando com os estudantes e chegando a uma solução. Tal prova
denota a eficiência e a disposição do Poder Público em dialogar em prol da
população e do bem estar destes servidores, que realizam tal ato em nome da sua
dignidade e sustento das suas famílias.
Os únicos culpados nesta greve que promete permanecer até
o próximo dia doze são os empresários, ineficientes e não cumpridores de suas
obrigações legais e o Executivo, que diante de seu poder perante às urnas e a
população prefere partir para a violência ao convocar a Brigada e Militar e a
Força Nacional para obrigar os ônibus a saírem de suas garagens. Mais uma vez
Fortunati perde a oportunidade de dialogar com o seu povo.
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