Semana
passada tentei arrumar algumas das centenas de livros que tenho. Resultado:
apenas mais algumas pilhas refeitas. Acabei pegando mais alguns para realizar
algumas consultas, outros que realmente desejava lê-los, relê-los. As minhas
filhas Valentina e Beatriz adoraram a organização: livros ao chão e elas
descobrindo folha a folha, página a página os escritos deixados por nossos mais
importantes escritores. A Bia desde os seus três meses via-se em meio às
montanhas de livros, viajava conosco pelas ruas das feiras de livros e o
shopping tinha a sua atração preferida: a livraria. Até hoje deseja os livros
como presentes. Já a Valentina completou o seu primeiro aninho e os livros já
fazem parte do seu cotidiano. Quer pegá-los, passar pelas figuras, mas, ainda,
é maior o desejo por rasgá-los.
Ao
passar pela minha paixão foulcatiana, depois deliciar-me com as exposições nietzschianas
e alguns romances do meu amado Lima Barreto fui encontrando as diversas
quinquilharias que armazenara ao longo destes anos. Tenho essa mania de guardar
roupas, calçados, livros e outros acessórios que fizeram parte da minha
história (quem sabe um dia possa estar num museu. Será que no da minha terra
natal, Taquaritinga?), e sempre quando tento realizar estes feitos organizacionais
parece que me encontro com o passado. Passei por algumas camisetas da “Pakalolo”
(1994), um quichute de 1986 (foi com este que fiz alguns dos antológicos gols
nos campinhos de várzea da vida, uma pena naquela época não poder registrá-lo
através de celulares e semelhantes, porém a memória não esquece aquilo que foi
bom), fitas cassetes, LPs, bah! Muita coisa... Confesso que a Beatriz fica
perplexa com essas antológicas relíquias, mas as trata com certo desdém. Também
quinquilharias aos montes!
Mas
o que me chamou a atenção foram os diversos controles-remoto que achei. Um do
DVD, outro das TVs, até um UHF encontrei (aqui não é a loja do Titinho Libanori
lá de Taquaritinga, mas tem de tudo). Foram vários controles, dezenas, cada
qual de uma época, cada qual pertencente a um aparelho eletrônico. Antes da
internet existir eu já usava controle-remoto, porém a primeira televisão em
cores que meus pais compraram foi lá em Ribeirão Preto nos anos 80 e por azar
um ladrão assaltou-nos e a levou. Ficamos anos sem TV, eu assistia aos meus
desenhos, novelas e filmes na casa dos meus avós que ainda tinham em suas TVs o
sistema de UHFs. Foi só no início da década de 90 que compramos a primeira TV,
esta já com seu controle-remoto. Sensacional. Daí em diante foram outras,
alguns aparelhos de som, dentre outras porcarias como DVDs etc. Acumulei-os
(controles-remoto) e com eles carrego parte de minha vida, um pouco da minha
história. Minha família: ontem e hoje.
Nenhum comentário:
Postar um comentário